Pinot Noir

Histórico

A Pinot Noir pertence à família Pinot. (Na Alemanha, se chama Spatburgunder.) Faz parte das espécies originadas de antigas videiras selvagens no oeste da Europa Central. Carlos o Gordo trouxe a variedade em 884 para o Lago de Constança, Alemanha. Na Borgonha, foi mencionada como "Plant fin" e Pinot Noir em 1375. Também no século 13 foi plantada no Rheingau (Vale do Reno, Alemanha). Presumivelmente, cresceu também no Palatinado (Pfalz, Alemanha). A uva experimentou um período de cultivo intensivo há 150 anos com a expansão da produção do vinho espumante, para a qual foram plantados vinhedos exclusivamente de Pinot Noir.

Cultivo

A variedade nobre é muito antiga e requer uma série de cuidados, com elevadas exigências de clima e solo. Prospera melhor nos solos pouco férteis e calcários ou argilosos, como se encontram na Borgonha, mas também na Alemanha e outros países. Se as condições de crescimento forem boas, ela desenvolve a sua melhor forma e compensa o esforço, produzindo alguns dos melhores vinhos tintos do mundo. A Pinot Noir é cultivada não só na Borgonha, mas também em outras regiões onde o clima e o solo são semelhantes às condições da Borgonha. A uva Pinot Noir é bastante cultivada também na Califórnia, Austrália, Nova Zelândia e Chile. Semelhante ao Riesling, a uva Pinot Noir reflete muito bem as caraterísticas do terroir - solo, microclima, macroclima, exposição ao sol, influência do viticultor. Por isso, mencionar a localidade do vinhedo de onde vem o vinho é considerado mais importante que mencionar a variedade, pelo menos na Borgonha. 

Vinificação

A Pinot Noir pode ser vinificada em tanques de aço inoxidável ou em grandes tonéis de carvalho, os balseiros. É uma uva delicada, que deve ser tratada com gentileza durante a vinificação, que quando é bem executada resulta em vinhos de rara qualidade, complexidade, refinamento e sofisticação. A vinificação pode ser feito depois de um desengaço total ou parcial - deixar as caxos com engaços confere mais taninos, mais corpo e uma grande estrutura, resultando em vinhos com grande potencial de guarda (mas que precisam amadurecer por mais tempo para mostrar o melhor resultado).

Aromas e Sabores

Os vinhos de Pinot Noir são delicados, com corpo leve a médio (há exceções, como os grandes vinhos da Borgonha), pouco tânicos e com textura aveludada. Os aromas e sabores remetem a frutas vermelhas como framboesa, cereja selvagem (griotte) e eventualmente amoras e groselhas negras, alem de notas de pimenta. Os vinhos amadurecidos em barricas de carvalho apresentam aromas característicos, como especiarias, chocolate e tostados. Com o envelhecimento em garrafa os melhores vinhos apresentam os clássicos aromas de chão de bosque (sous bois), alcaçuz, carne de caça e trufas.

Há uma distinção entre os Pinot Noir clássicos da Borgonha, mais claros, mais delicados e mais refinados, com fruta mais sutil, e os chamados Pinot Noir do Novo Mundo, mais focados na fruta, mais encorpado e mais estruturado. 

Enogastronomia

As possibilidades de harmonização são muitas, destacando-se a costeleta de cordeiro, carne de caça, aves como faisão, além do clássico Boeuf Bourguignon (Caçarola Borgonhesa).

Leia mais sobre essa casta no artigo da Anne Krehbiel MW https://www.falstaff.com/en/nd/why-the-world-loves-pinot-noir/ 

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Seleção exclusiva de vinhos do Velho Mundo, cuidadosamente escolhidos através de nossa curadoria. São vinhos de produtores que seguem as regras biodinâmicas e/ou orgânicas e, em sua maioria, produzidos em quantidades limitadas, tornando-os ainda mais especiais. Cada vinho é uma experiência única, que traz a melhor expressão do seu terroir de origem.

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