Grillo

Essa uva é o resultados da fusão entre Cataratto e Zibibbo.

 Esta casta foi originada por meio de um cruzamento natural entre as uvas Catarratto Bianco – nativa da Sicília, cujas vinhas são vigorosas e os bagos possuem amadurecimento médio a tardio – e Moscato de Alexandria (conhecida como Zibibbo na Sicília, conforme mencionamos no post sobre Torrontés Riojano). A Grillo possui 3 sinônimos: Ariddu, Riddu e Rossese Bianco (a cultivada em Riomaggiore, na Ligúria). Existem algumas outras uvas com o nome de Rossese Bianco, porém a única que tem o mesmo DNA da Grillo é a de Riomaggiore. A Grillo foi bastante cultivada quando a filoxera chegou à Sicília, no século 19, tornou-se a grande aposta para substituir a parental Catarratto Bianco por ser mais resistente à essa praga. Porém, seu auge durou pouco e outras variedades mais produtivas foram preferidas em uma época que a Sicília olhava para quantidade e não para a qualidade. Inzolia e outras variedades mais produtivas foram as preferidas do momento. Com as mudanças de pensamento ao longo do tempo e o entendimento que devia-se prezar pela qualidade, na década de 30 essa cultivar representava aproximadamente 60% da viticultura de Trapani e Marsala – região do notável fortificado italiano. Os cachos, geralmente, possuem tamanho médio, já a vinha é vigorosa e bastante tolerante ao calor e à seca, o que justifica a boa adaptação à Sicília. As Denominações de Origem que ela mais se destaca como varietal são: Alcamo, Contea di Sclafani, Delia Nivolelli, Erice, Monreale e Salaparuta. Existem também denominações que ela entra no blend, assim como em exemplares rotulados como IGT Sicilia. Os vinhos costumam ser encorpados, com toque herbáceo que lembra Sauvignon Blanc ou notas florais, mas não é tão aromático quanto à conterrânea siciliana Inzolia.