Muller Thurgau

Foi penoso até chegar nos verdadeiros progenitores da Müller-Thurgau, cujo cruzamento ocorreu em 1882 pelas mãos do suíço Hermann Müller, que na época era pesquisador no Geisenheim Research Center, em Rheingau, na Alemanha. À princípio, foi registrado que o cruzamento que a originou era associado à Riesling e à Silvaner (uma das maiores referências dessa casta é na Alsácia, onde é permitida em um Grand Cru chamado Zotzenberg). Um estudo de DNA erroneamente afirmou que Müller-Thurgau foi originada de um cruzamento entre Riesling x Chasselas e um outro teste mostrou o equívoco, associando na verdade ao cruzamento de Riesling x Chasselas de Courtiller – casta de pouquíssima importância.
Nos anos 2000 um novo resultado de DNA foi divulgado, o qual afirmou que a Riesling foi cruzada com Madeleine Royale (casta branca). Nesse novo estudo, foi confirmado que Pinot Noir e Schiava Grossa são avós da Müller, assim como Gouais Blanc, sendo essa última um dos progenitores da Riesling. Uma das grandes funções da Müller-Thurgau foi participar de novos cruzamentos que deram origem a castas como: Arnsburger, Bacchus, Faberrebe, Gutenborner, entre outras.
No site da crítica Jancis Robinson aparecem boas pontuações de exemplares varietais de Müller-Thurgau elaborados em Trentino-Alto Ádige (Itália). Esses exemplares são referentes às safras 2016 e 2017 e se mostram com bom potencial de guarda, cujos produtores premiados foram Tiefenbrunner e Manni Nössing. O 2016 foi citado como um vinho icônico, com notas minerais, complementadas com fruta branca madura e boa concentração no paladar. República Tcheca, Suíça (em Thurgau, cantão onde nasceu o criador da casta) e Eslováquia, são alguns exemplos onde se pode encontrar exemplares da Müller-Thurgau, além da Itália e Alemanha.